Em uma viagem entre Uruguaiana e Porto Alegre, um homem e uma mulher se encontram por acaso no mesmo vagão; Segundo o narrador, "é uma jovem senhora de modos esquisitos. Tão quieta, longínqua, e no entanto, ao falar, parecia conter-se". Aos poucos, um foi conhecendo o outro. O narrador descobriu o nome da jovem senhora: Jane.
Uma noite de prazer esperava-os. Antes, Jane expôs os seus sentimentos: o marido enfermo em Porto Alegre, as preocupações, as lástimas, a sensação de que estava perdendo o marido. Jane queria esquecer tudo naquela noite. Foi consumado o ato carnal. De repente, um homem adulto estava se sentindo um menino, perdidamente apaixonado.
No final, o narrador propõe a Jane que dancem tango em Porto Alegre. Um acidente nos trilhos pára o trem. E o conto termina com o narrador afirmando que sente uma nova energia, uma vontade de viver que não vira, e Jane tem o mesmo sentimento. Com certeza valeria a pena dançar tango em Porto Alegre.
A narrativa de Sergio Faraco, focada em apenas dois personagens, faz uma construção bela dos personagens. A cumplicidade entre Jane e o narrador se intensifica cada vez mais, até chegar ao climax, o erotismo. Faraco constrói uma sequência de situações cujos resultados são inesperados pelo leitor. Quem imaginava que uma tímida Jane se revelaria uma mulher faminta por prazer?
Dançar Tango em Porto Alegre é uma expressão figurada para viver a vida. Quando os corpos do narrador e de Jane se atraíram, ambos passaram a sentir uma nova sensação. Ambos querem viver. Apenas isso.
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