Colombiano de nascimento e criação, "El Gabo" passou por Roma, Nova Iorque, Paris. Mas o México foi o seu destino ideal, onde passou a viver em 1981. No ano seguinte, García Marquez ganhou o prêmio Nobel de Literatura e com muitos méritos.
Para Pablo Neruda, Gabriel García Marquez era o melhor romancista da língua espanhola desde Cervantes. Em Havana, sentava-se com Chico Buarque na Bodeguita del Médio, um bar muito frequentado por intelectuais e escritores, e reunia-se com Fidel Castro, seu grande amigo. A relação entre Fidel e Gabo era muito próxima. Fidel via um alter-ego em Gabo, que retribuia o carinho com exemplares originais. Tal amizade gerou problemas com a CIA para García Marquez quando morou nos Estados Unidos.
Com 50 milhões de exemplares vendidos e traduzido para mais de 35 idiomas, "Cem Anos de Solidão", de 1967, é o marco da carreira de Gabriel García Marquez. Se antes era um escritor obscuro, agora havia chegado ao estrelato. Todo o mundo conheceu a habilidade do escritor nas situações de romances de sucesso. Mesmo assim, Gabo não perdia o bom humor. No seu aniversário, jornalistas sempre se acotovelavam na porta da sua casa. Gabo cumprimentava a todos.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, é certeiro na sua afirmação em relação ao falecimento de García Marquez: "Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos! Os gigantes nunca morrem!"
É verdade. Os gigantes nunca morrem. Gabriel García Marquez não está mais em corpo presente, porém sua obra permanece no imaginário dos seus leitores. A literatura agradece e aplaude.
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Arte: Italo |
Bibliografia consultada:
Gabriel García Marquez, 1927-2014. Zero Hora, 18 abr. 2014.
'Mil anos de solidão e tristeza'. Correio do Povo, 18 abr. 2014.
Escritor Gabriel García Marquez morre aos 87 anos. O Sul, 18 abr. 2014.