sexta-feira, 18 de abril de 2014

A morte de Gabriel García Marquez

ITALO FILHO

Senil e doente. Esta era a situação de Gabriel García Marquez nos seus últimos dias de vida. Um câncer devorou seus órgãos: o figado, os pulmões e os gânglios. Devorou sua alma de escritor? Não, claro que não. Ele nos deixou na última sexta-feira, dia 18, na Cidade do México.

Colombiano de nascimento e criação, "El Gabo" passou por Roma, Nova Iorque, Paris. Mas o México foi o seu destino ideal, onde passou a viver em 1981. No ano seguinte, García Marquez ganhou o prêmio Nobel de Literatura e com muitos méritos.

Para Pablo Neruda, Gabriel García Marquez era o melhor romancista da língua espanhola desde Cervantes. Em Havana, sentava-se com Chico Buarque na Bodeguita del Médio, um bar muito frequentado por intelectuais e escritores, e reunia-se com Fidel Castro,  seu grande amigo. A relação entre Fidel e Gabo era muito próxima. Fidel via um alter-ego em Gabo, que retribuia o carinho com exemplares originais. Tal amizade gerou problemas com a CIA para García Marquez quando morou nos Estados Unidos.

Com 50 milhões de exemplares vendidos e traduzido para mais de 35 idiomas, "Cem Anos de Solidão", de 1967, é o marco da carreira de Gabriel García Marquez. Se antes era um escritor obscuro, agora havia chegado ao estrelato. Todo o mundo conheceu a habilidade do escritor nas situações de romances de sucesso. Mesmo assim, Gabo não perdia o bom humor. No seu aniversário, jornalistas sempre se acotovelavam na porta da sua casa. Gabo cumprimentava a todos.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, é certeiro na sua afirmação em relação ao falecimento de García Marquez: "Mil anos de solidão e tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos! Os gigantes nunca morrem!"

É verdade. Os gigantes nunca morrem. Gabriel García Marquez não está mais em corpo presente, porém sua obra permanece no imaginário dos seus leitores. A literatura agradece e aplaude.

Arte: Italo

Bibliografia consultada:
Gabriel García Marquez, 1927-2014. Zero Hora, 18 abr. 2014.
'Mil anos de solidão e tristeza'. Correio do Povo, 18 abr. 2014.
Escritor Gabriel García Marquez morre aos 87 anos. O Sul, 18 abr. 2014.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Dica de leitura: "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras"

Uma dica de leitura interessante é o livro "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras", escrito pelo humorista e apresentador Jô Soares em 2005. Este livro está disponível na Biblioteca do Colégio..




Análise de "O Cobrador" em vídeo

Felipe Augusto faz uma breve análise do conto "O Cobrador", de Rubem Fonseca.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Analisando o conto "O Cobrador", de Rubem Fonseca

Rubem Fonseca traz no conto "O Cobrador" uma linguagem ultra-realista, no contexto carioca dos anos 70. O narrador se denomina 'o cobrador', que após uma consulta ao dentista passa a cobrar tudo e todos. Esse cobrador é bastante crítico da classe média alta e à elite de então.

O eu-lírico dessa obra é um personagem bruto, que comete atrocidades, tudo em nome de uma vingança pessoal. No trecho ao lado, vemos que 'o cobrador' é uma pessoa com inúmeros complexos psicológicos e pode ter um distúrbio psiquiátrico. Ele usa de sutilezas e brutalidades, descrevendo suas relações sexuais, por exemplo.

O cobrador acredita que a sociedade lhe deve algo. O quê? Não sabemos. Talvez nem ele saiba bem, tomado pelo impulso em todas as suas ações. Ele também se apaixona por Ana Palindrômica, rica, que apesar de pertencer à classe social que o cobrador tem ojeriza, pensa semelhante ao cobrador e ensina-o como matar mais em menos tempo. Aparentemente, opostos, porém, iguais no pensar.

O autor

Rubem Fonseca nasceu em 1925 na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Mora no Rio de Janeiro desde os oito anos de idade. Formado em Direito pela UFRJ. É autor de livros como O Cobrador, Agosto, Bufo & Spallazani, entre outros.



Analisando "O Conto dos Chapéus", de Machado de Assis

Bernardo Jacobs analisa a obra "O Conto dos Chapéus", de Machado de Assis, com suas próprias palavras: